Ao longo de seus quase 30 anos de carreira, Mara Maravilha já foi musa infantil, símbolo sexual e cantora evangélica. Agora, a morena que rivalizava com as loiras Xuxa e Angélica nos idos anos 80 diz que está em mais um momento de conversão. Não que ela tenha deixado a religião de lado, uma paixão que surgiu em sua vida há 13 anos, quando começou a cantar músicas gospel. “Agora digo que sou ‘de Deus’. E Deus não é evangélico, católico, muçulmano. Deus é amor”, diz Mara, em entrevista ao EGO. Mesmo voltada para o público gospel, Maravilha ainda colhe louros do passado como apresentadora infantil. Seus shows reúnem milhares de pessoas, que querem ouvir não só os sucessos atuais como também os hits do passado, como “Não faz mal (Eu tô carente, mas eu tô legal)” e “Liga pra Mim”.
Fuga da fama
Mas a cantora admite que houve um momento em sua vida que não queria saber da fama: “Queria ter uma vida normal. Não gosto de idolatria, tinha dificuldade de lidar com histeria. Mas comecei a perceber que aquilo me dava forças. Agora não consigo viver sem isso”. Para a baiana nascida Eliemary, que nunca teve a família muito presente em sua vida, os fãs se tornaram essenciais: “Eles são minha família. Eu digo que eles são fã com ‘m’ no final. Fam (sic) de família”. A relação com a mãe, dona Marileide, nunca foi fácil. “Ela confunde, às vezes se acha mãe da Mara Maravilha e não da Eliemary. Teve derrame há quatro anos, ficou debilitada, não consegue andar. Ela já era autoritária, agora ficou ainda mais. Mas eu amo minha mãe. Mãe a gente tem que honrar”, diz. “Não vou me crucificar” Dos tempos em que apresentava programas infantis, Mara só tem saudade de lidar com crianças. “Sinto falta de beijar, abraçar uma criança, é muito bom”, diz a cantora, que tentou engravidar por meio de uma inseminação artificial, mas não deu certo. “Posso dizer que é uma frustração. Mas ainda quero ter filhos”. Mara critica a forma como as musas infantis eram sexualizadas na época, exibindo o corpo e cantando músicas de duplo sentido. “Tinha muita informação errada sendo passada para as crianças. Eu mesma gravei algumas músicas com teor sexual. Como a ‘Lobo mau’, que a letra ficava insinuando, seduzindo. Ou uma outra que eu cantava ‘Faço tudo o que você quiser’. Foi errado, mas valeu para ter o discernimento. Não vou me crucificar. Todos erram, ninguém pode julgar ninguém. A vida passa rápido demais para esse tipo de coisa”. Hoje, Mara vibra com a terceira indicação ao Grammy latino de melhor álbum de música cristã. Acabou de lançar um DVD novo com músicas gospel e româticas (com regravações do Roupa Nova e Alexandre Pires) e tem o projeto de criar uma ONG para ajudar crianças. Mas não quer mais saber de correria. “Meu sonho é ter paz. Não levar vida de aparências, como era antes. Eu tentava ser alguém que não era. Ainda hoje o fato de ser Mara Maravilha tem um peso. Pode escravizar, e Deus quer todo mundo livre”. Ego.globo
Fuga da fama
Mas a cantora admite que houve um momento em sua vida que não queria saber da fama: “Queria ter uma vida normal. Não gosto de idolatria, tinha dificuldade de lidar com histeria. Mas comecei a perceber que aquilo me dava forças. Agora não consigo viver sem isso”. Para a baiana nascida Eliemary, que nunca teve a família muito presente em sua vida, os fãs se tornaram essenciais: “Eles são minha família. Eu digo que eles são fã com ‘m’ no final. Fam (sic) de família”. A relação com a mãe, dona Marileide, nunca foi fácil. “Ela confunde, às vezes se acha mãe da Mara Maravilha e não da Eliemary. Teve derrame há quatro anos, ficou debilitada, não consegue andar. Ela já era autoritária, agora ficou ainda mais. Mas eu amo minha mãe. Mãe a gente tem que honrar”, diz. “Não vou me crucificar” Dos tempos em que apresentava programas infantis, Mara só tem saudade de lidar com crianças. “Sinto falta de beijar, abraçar uma criança, é muito bom”, diz a cantora, que tentou engravidar por meio de uma inseminação artificial, mas não deu certo. “Posso dizer que é uma frustração. Mas ainda quero ter filhos”. Mara critica a forma como as musas infantis eram sexualizadas na época, exibindo o corpo e cantando músicas de duplo sentido. “Tinha muita informação errada sendo passada para as crianças. Eu mesma gravei algumas músicas com teor sexual. Como a ‘Lobo mau’, que a letra ficava insinuando, seduzindo. Ou uma outra que eu cantava ‘Faço tudo o que você quiser’. Foi errado, mas valeu para ter o discernimento. Não vou me crucificar. Todos erram, ninguém pode julgar ninguém. A vida passa rápido demais para esse tipo de coisa”. Hoje, Mara vibra com a terceira indicação ao Grammy latino de melhor álbum de música cristã. Acabou de lançar um DVD novo com músicas gospel e româticas (com regravações do Roupa Nova e Alexandre Pires) e tem o projeto de criar uma ONG para ajudar crianças. Mas não quer mais saber de correria. “Meu sonho é ter paz. Não levar vida de aparências, como era antes. Eu tentava ser alguém que não era. Ainda hoje o fato de ser Mara Maravilha tem um peso. Pode escravizar, e Deus quer todo mundo livre”. Ego.globo
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