Era uma vez um grão de trigo. Pequeno como todos os grãos de trigo, mas muito orgulhoso. Julgava-se tão importante que só pensava em si mesmo. Sempre dava um jeito de ser o centro da atenção de todos.
“Eu não quero ser deitado na terra. Sou bonito. Liso e perfeito demais para morrer na terra. Quero conservar a minha vida.” Pensando assim, pediu para ser guardado num saquinho de papel, bem guardadinho, para conservar ali, intacta, a sua vida.
Havia também um outro grão de trigo. Pequeno como todos os grãos de trigo e muito humilde. Pouco pensava em si mesmo. Ocupava-se mais em colocar a sua vida a serviço dos outros. Estava sempre disposto a entregar-se e doar-se em favor dos outros.
Nessa humildade, nem pensava em ser dono de sua própria vida, e muito menos pensava em conservar a sua vida pelas próprias forças.
“Concordando em ser deitado na terra”, concluiu ele. Passado algum tempo, aquele grãozinho orgulhoso, guardado no saquinho de papel, virou pó. Enganou-se e não conseguiu reunir forças para preservar a sua vida.
Enquanto isso o grãozinho humilde, deitado na terra, morreu. Mas, vejam só o que aconteceu: no lugar onde o grãozinho humilde morreu, surgiu um novo pé de trigo. No início, muito pequenino, mas cresceu, deu flor e botou cacho, um cacho bonito, pesado, cheio de grãos.
Esse é realmente um grande segredo: se ficarmos girando em torno de nós mesmos, sempre pensando na nossa própria importância, então vamos ficar sós e a verdadeira vida não estará em nós. Se, no entanto, nos entregarmos, nos doarmos em favor dos outros, encontraremos a verdadeira nova vida. Por isto Cristo disse: “Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, produzirá muito fruto” (João 12:24).
Fonte: IPISA
Nenhum comentário:
Postar um comentário