Sempre que escrevo sobre a maneira como deveríamos acolher homossexuais em nossas igrejas, sem discriminá-los, recebo comentários favoráveis, mas com a seguinte ressalva: devemos receber o pecador, mas exigindo que este abandone o pecado. Geralmente, tomam por base a abordagem de Jesus à mulher adúltera que, pega em flagrante, estava prestes a ser sumariamente executada a pedradas, não fosse a intervenção de Jesus. Depois de afirmar que não a condenava, Jesus recomendou: “Vai-te, e não peques mais” (Jo.8:11).
Será que isso deveria ser entendido como um padrão para abordarmos qualquer pecador? Se não dissermos “vai-te e não peques mais” nossa abordagem foi incompleta?
Interessante notar que ela estava cercada de religiosos igualmente pecadores. O fato de sermos cristãos não nos isenta de pecado. Sou tão pecador quanto qualquer outro ser humano. E só posso apontar o dedo e condenar o meu semelhante, se não tiver pecado. O único ali que poderia tê-la condenado era Jesus, e Ele não o fez. Ela sequer confessou ser pecadora, ou fez sua profissão de fé, mas ouviu de Jesus: “Nem eu também te condeno.”
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