De acordo com o presbítero Roberto Tardelli, que está auxiliando com um dos carros da igreja no resgate e locomoção dos desabrigados, o bairro de Campo Grande desapareceu. “O nosso pastor abriu a igreja para receber as pessoas e disponibilizou todos os veículos para atendimento aos desabrigados e famílias das vítimas. É uma situação muito triste. A televisão mostra apenas 50% do que realmente está acontecendo”.
Segundo o pastor Israel do Couto, a situação é catastrófica. “Em alguns locais é impossível chegar. No bairro de Campo Grande, estima-se que ainda tenha mais de 500 desaparecidos. A congregação no bairro de Bonsucesso também abriu as portas para recolher os corpos das vítimas porque o IML da cidade não tem capacidade para receber todos os corpos. Ali, está sendo feita a triagem e depois os corpos são encaminhados para o Instituto Médico Legal”, conta o pastor, destacando que, mesmo com todo o esforço dos governos, “em alguns lugares, a reconstrução será muito difícil”.
Com apenas seis câmaras frigoríficas, o Instituto Médico Legal (IML) precisou improvisar um necrotério alternativo para abrigar os corpos de todas as vítimas. De acordo com o delegado Wellington Pereira, o jeito foi pedir emprestado um imóvel em frente à 110ª DP, onde funciona o IML do município. “No local funcionava uma igreja evangélica, mas agora está vazio. O proprietário mora em Minas Gerais e prontificou-se a nos emprestar para colocarmos os corpos. É um galpão muito grande, que na frente tem salas. Poderemos fazer até um QG (quartel general) para tratar da questão”, disse o delegado.
Além de alimentos, cobertores e roupas, a AD em Teresópolis está recebendo doações pelo Banco Itaú – Agência 0807 / Conta Corrente: 368980
A Assembleia de Deus em Petrópolis, liderada pelo pastor Temóteo Ramos de Oliveira, também está mobilizada para atender às vítimas das chuvas na Região Serrana.
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