Apocalipse 8.1-5
“A oração que Jesus ensinou” vem sendo praticada ao longo da história da humanidade. Seus efeitos e resultados são incalculáveis. Essa visão do tempo do fim descrito pelo Apóstolo João posiciona em elevado destaque as orações feitas pelos santos na história. É como Deus vê o fim desde o começo. O texto de Apocalipse revela três grandes impactos da oração:
1.A oração cala os céus
Diz o texto: “houve silêncio no céu cerca de meia hora” (v 1).
O silêncio acontece porque alguma coisa grande e importante toma conta da cena. E o centro dessa atenção toda são as orações feitas por todos os santos. Deus mesmo fica calado, atento, interessado, inclinando-se no seu trono, auscultando cada movimento do coração, ouvindo atentamente cada balbuciar, cada sussurro, percebendo os olhos cerrados, as lágrimas percorrendo as trilhas enrugadas do rosto. Definitivamente nenhuma oração se perdeu, passou despercebida, foi ignorada, rejeitada. Ao contrário, as orações sequestraram os sons, barulhos e as atenções de todos no Universo. Definitivamente Deus leva a sério as orações feitas a ele.
2.A oração move os céus
Diz o texto: “… lhes foram dadas sete trombetas … outro anjo ficou de pé junto ao altar … foi-lhe dado muito incenso … da mão do anjo subiu … o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou …” (vv 2-5a).
Porque Deus se deixa envolver pela oração, seus anjos seguem seu comando, seus pensamentos liberam a ação nos céus. Cada movimento tem uma finalidade, um resultado, um efeito poderoso. Nada acontece a esmo, mas tudo está precisamente calculado. Sua soberania torna-se conhecida de tudo e todos. A mobilidade dos seres celestiais tem direção certa e alinhada com o cumprimento da vontade do Eterno. Nada mais poderá resistir, impedir, opor-se. Está estabelecido, feito, consumado. Tudo acontece ao redor das orações inspiradas e ousadas dos santos. Definitivamente os efeitos apareceram. Valeu a pena crer. Valeu a pena esperar. Valeu a pena descansar. As orações tanto silenciaram quanto mobilizaram os céus.
3.A oração abala a terra
Diz o texto: “… e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto” (v 5b).
O que foi ligado na terra terá sido ligado nos céus! O que foi desligado na terra terá sido desligado nos céus! Os pensamentos mais elevados nos céus produziram seus efeitos na terra. O mundo invisível transforma, interfere, intervém no mundo visível. O verbo se faz habitação. As coisas que não existiam são trazidas à existência. A palavra não pode mais voltar sem produzir todo o propósito para o que foi liberada. Nossos próprios lábios se tornaram a boca de Deus. Definitivamente a oração vem à luz através dos relâmpagos. O sussurro ganha a força do som dos trovões. A mão que bateu no peito em meio às lágrimas agora produz seus terremotos. Não há um sequer que não ouvirá, verá e tremerá diante dos efeitos das orações feitas como os atos mais subversivos da história.
Finalmente, os últimos toques da trombeta soarão, os escolhidos subirão para encontrar-se com seu Salvador e o reino de Deus será por completo instalado para a eternidade.
Como disse Walter Wink ao comentar esse texto, “a mensagem de Apocalipse é clara: a História pertence aos intercessores, que com sua crença moldam o futuro.”
Que tal? Vamos orar?
Nenhum comentário:
Postar um comentário