Marcos 10.13-16
Estamos estudando os princípios para vivermos uma vida na dimensão de aliança proposta e vivida por Cristo. Na semana passada meditamos no Princípio da Disponibilidade. A narrativa do texto de Marcos traz um singelo episódio que reflete a grande capacidade de Cristo em se envolver emocionalmente com aquelas pessoas que não eram contadas, consideradas, nem levadas a sério. Nosso Mestre ensina a seus discípulos algo desafiador: o Princípio da Sensibilidade ao outro.
1.Sensibilidade nos conduz a fazer a coisa certa
Brutos, indiferentes, grosseiros, ou até desumanos. Esses são alguns adjetivos que poderiam caracterizar aqueles discípulos que estavam enxotando as pequenas crianças que queriam se aproximar de Jesus, como se estivessem expulsando cachorros. Jesus fica profundamente indignado e os repreende veementemente, como que dizendo “vocês estão fazendo a coisa errada ao serem tão insensíveis. O certo a fazer é deixar que as crianças venham até a minha presença” . Ora, toda vez que desprezamos, ou ignoramos, corremos o risco de nos comportarmos de maneira detestável aos olhos de Cristo. Devemos deixar que nossa sensibilidade pelos outros aflore. Como tratamos as pessoas que são “menores” que nós?
2.Sensibilidade nos mantém com a motivação certa
Além de repreender a atitude externa, Jesus exorta que deveriam ter um mundo interior como daquelas crianças. O reino de Deus é propriedade daqueles que são semelhantes aos pequeninos e não dos grandes e poderosos. Com isso quer dizer que deveriam buscar pureza de coração, sinceridade de expressão, alegria sem fingimento, leveza no olhar, desprendimento no caminhar. Precisavam revisar os motivos que guardavam escondidos em seus corações. Olhar para fora é o caminho para mudar lá dentro. Desenvolver a sensibilidade pelo outro é o que corrige a motivação dentro de si. Qual nossa motivação nos relacionamentos que desenvolvemos?
3.Sensibilidade nos inspira a fazer da maneira certa
Finalmente o mestre revela seu coração vazando sensibilidade pelos poros, transpirando empatia, demonstrando ternura. Toma aquelas crianças nos braços, toca seus corações, ministra palavras de vida eterna, compartilha sua alegria, contagia com seu amor. A vida daqueles pequeninos nunca mais seria a mesma. A vida daqueles discípulos também nunca mais seria a mesma. Aprenderam a viver mais um princípio de uma nova vida, que nada tem a ver com o que conheciam. Qual nossa última experiência de ter tocado o coração de alguém, consolando, animando, fortalecendo?
Da mesma maneira que Jesus ensinou seus discípulos, quer nos ensinar nos dias de hoje. Temos um grande desafio de desenvolvermos nossos relacionamentos com o outro, dispondo-nos a ser sensíveis e nos importar com a sua real necessidade, alegrando-nos com a sua alegria e chorando com o seu choro. Isso é totalmente possível, pois Cristo habita em nossos corações. Vamos deixá-lo governar nossas vidas!
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