A presidente Dilma Rousseff, sancionou um projeto de lei que estabelece o dia 31 de outubro como o Dia Nacional da Proclamação do Evangelho. O projeto tramitava no Congresso Nacional desde 2003, quando foi proposto pelo ex-deputado federal Neucimar Fraga (PSD-ES). A data escolhida é a mesma em que se celebra a Reforma Protestante. A aprovação na Câmara dos Deputados aconteceu seis anos depois de sua proposição, e chegou ao Senado apenas em 2014, quando foi votado e aprovado. Há quase dois anos o projeto aguardava apreciação de Dilma Rousseff, e no último dia 12 de janeiro, a sanção da presidente foi publicada no Diário Oficial, sem nenhum destaque na imprensa. No texto da sanção, a presidente afirma que na data escolhida, “dar-se-á ampla divulgação à proclamação do Evangelho, sem qualquer discriminação de credo dentre igrejas cristãs”.
No projeto original, de 13 anos atrás, Fraga – que à época era filiado ao PR – justificava a proposta dizendo que “a proclamação do evangelho supõe a promoção da paz e da justiça para criar um mundo novo que reflita o Reino de Deus”. Para o mundo cristão moderno, o dia 31 de outubro tem extrema importância histórica, já que marca o início da Reforma Protestante em 1517, quando o então padre Martinho Lutero, incomodado com a venda de indulgências pela Igreja Católica, colou suas 95 teses na porta da Igreja de Wittenberg, opondo-se a muitas doutrinas da denominação romana e opondo-se ao poder do papa, que à época era absoluto sobre a igreja e muito amplo na sociedade. Por conta da Reforma Protestante, muitas igrejas hoje históricas foram fundadas, e a própria Igreja Católica reviu boa parte de seus conceitos da época. Das igrejas dissidentes surgiu o movimento cristão chamado evangélico, que orienta inúmeras denominações no Brasil e ao redor do mundo.
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