Comandado pela ex-modelo Ana Hickmann, o programa “Tudo É Possível” estreou um reality show neste domingo cuja maior novidade anunciada pela Record era o fato de se passar dentro da casa da própria apresentadora.
As dez mulheres confinadas numa mansão de Hickmann em Itu vão disputar uma série de provas com o objetivo de escolher uma delas para ser repórter do programa.
A novidade do quadro acabou sendo outra. Uma das candidatas selecionadas, Wasthí de Castro, de 25 anos, foi levada a desistir depois de dois dias de confinamento. Adventista do Sétimo Dia, ela se disse impedida de participar de uma festa na sexta-feira à noite e de competir numa prova realizada no sábado.
“Eu guardo o sábado”, explicou. “Sexta à noite eu considero sábado já. Faço atividades diferentes. E festa não é o tipo de atividade que eu faço nesse dia”, explicou.
“Respeito totalmente a sua fé”, disse a apresentadora. “Mas aqui no reality fica um pouco complicada esta situação. Quando você topou participar já sabia que aqui vocês iam literalmente sair da rotina. Você sabia disso?”
Chorando, Wasthi respondeu: “As informações eram poucas. Eu não podia correr o risco de deixar de tentar…” Antes, ao ser apresentada ao público, ela havia dito: “Eu sou capaz de fazer tudo menos passar por cima dos meus princípios, que são mais fortes do que qualquer outra coisa.” Ana abraçou a candidata, disse que aceitava a desistência e elogiou as suas convicções.
Trata-se, enfim, de um caso inédito e delicado, ainda mais por ocorrer numa emissora que pertence a um grupo religioso, a Igreja Universal do Reino de Deus, cujos pastores ocupam o horário da madrugada para fazer proselitismo da própria fé.
Folha
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