Introdução
“Miguel Ângelo grade gênio de arte, fez uma estatua de mármore e ficou maravilhado de sua própria obra. O artista de olhos fitos na estátua, como que a sentia mover-se: acendia-se-lhe os olhos, as flamas da fronte tremeluziam faiscando; rosavam-se-lhe as faces; tremiam-lhe os lábios e Miguel Ângelo, em delírio, deu uma pancada com o martelo no joelho da estatua, dizendo: Parla! Parla!” Houve apenas um silêncio e o mármore permaneceu mudo—nem era possível que falasse, visto que era pedra, só pedra, faltava-lhe a vida, a alma que gera palavras. E o artista parou diante da estatua, reconhecendo-se homem, ele que julgava-se deus. Entendeu que só Deus dá a vida. Era apenas uma estatua produzida por mãos humanas. E assim como era impossível para aquela estatua de mármore falar com o grito de Miguel Ângelo, também era impossível para as muralhas de Jericó caírem apenas com o grito do povo. Jericó estava no meio do caminho do povo de Deus que desejava conquistar a terra prometida. Essa cidade ficava a uns 16 km do rio Jordão e a 27 km de Jerusalém e era muito importante por seus muros enormes, seu tamanho e suas riquezas. É apresentada na Bíblia como cidade das Palmeiras, Deut. 34:3. Como cidade era uma fortaleza, como local era um Oásis. Jericó era um encanto. Para entrar em Canaã, o povo precisava passar por Jericó. Era esta cidade um grande obstáculo e Josué tinha a responsabilidade de conquistar a terra; era impossível continuar a caminhada com tão grande empecilho à frente. Josué dirigiu-se a Deus para saber os planos para a conquista de Jericó. E Deus determinou que a cidade fosse rodeada uma vez por seis dias e no sétimo dia os sacerdotes, tocando as suas buzinas de chifre de carneiro a rodeariam 7 vezes, quando então, o povo gritaria e os muros ruiriam caindo de dentro para fora, em enormes blocos e o fogo irrompeu por toda parte. Todos foram mortos, exceto Raabe e sua família. Quando meditamos neste texto, ficamos perplexos, de como o impossível se torna possível, pois ao buscarmos uma resposta, não encontramos na ciência nenhuma explicação cabível. A única explicação é que ali Deus agiu miraculosamente. Nós também nos deparamos com muitas situações onde a solução nos parece impossível, mas assim como as muralhas de Jericó caíram, também em nossas lutas o impossível se torna possível quando Deus age. O maior exemplo é a nossa salvação. Nós jamais, a conseguiríamos por méritos próprios, mas isso foi possível quando Deus agiu em nós e por nós.
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