Deus traz nossas obras de justiça em registro, as quais comprovam a operação da graça justificador nas nossas vidas, para que estas obras de fé estejam perante Ele como um memorial para o nosso próprio bem. Há um juízo terrível determinado sobre aqueles que não se arrependerem de suas más obras, mas de quanta longanimidade, da parte de Deus eles foram alvo? Quantas oportunidades lhes foram dadas pelo Senhor para se arrependerem? Porventura não é com muita paciência que Ele tem suportado estes vasos de ira? (Rom 9.22) De quê poderão se queixar então os que se perdem, já que a salvação pela graça também foi oferecida a eles, e pela própria dureza e maldade de seus corações, eles a rejeitaram deliberadamente. Na consideração da terra que seria amaldiçoada e queimada e rejeitada, como citado em (Hb 6.8), deve-se ter em conta que é dito que continuamente ela recebeu a chuva que Deus enviou sobre ela, e no entanto não permitiu que aquela chuva a tornasse útil para os propósitos do Senhor. Nós vemos aqui esta longanimidade e graça divinas, sendo aplicadas antes do juízo de destruição. É isto o que acontece na prática em relação às pessoas que não permitem o trabalho da graça em seus corações endurecidos. Elas poderiam permitir serem penetradas pela graça, tal como a água da chuva que penetra nos solos permeáveis, mas, no entanto, não permitem este trabalho, e permanecem no endurecimento que por fim ocasionará a sua destruição. A prova disto está no fato de Deus afirmar que não tem prazer na morte do ímpio, antes que ele se converta e viva.
Pr Silvio Dutra
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