ISTOÉ mostra como é a vida de ex-criminosos convertidos.O
semanário Istoé dedicou sua matéria de capa desta semana para
investigar “como vivem os assassinos condenados por quatro crimes que
chocaram o País. Eles quitaram suas dívidas com a Justiça, mas não
gostam de falar do passado”. Dentre os autores dos quatro homicídios mencionados, dois deles hoje
são evangélicos. O caso de Guilherme Pádua é o mais conhecido.
Envolvido, em 1992, juntamente com a então mulher Paula Thomaz no
assassinato da atriz Daniella Perez, filha de Glória Perez, ele hoje
vive uma vida muito diferente, longe da TV. Embora Paula, com quem teve um filho, sempre tenha negado o crime,
Guilherme se converteu durante o período de 6 anos que esteve na cadeia
e credita sua mudança de vida à fé. “Vim mostrar para as pessoas como
um cara tão desviado e tendente às coisas vazias tornou-se tão
apaixonado por Jesus Cristo”, disse ele ao jornal “Correio da Cidade”.
Embora não goste de falar muito sobre as circunstancias do crime, diz
que sofreu rejeição ao sair da cadeia: “Cheguei a levar cuspida na
cara”, mas conta que “sempre ora pela vida de Glória Perez”. Guilherme, hoje com 42 anos, é obreiro da Igreja Batista da
Lagoinha, em Belo Horizonte, cidade onde mora. Ele trabalha na área de
tecnologia da informação da Igreja. Casado com Paula Maia, de 28 anos,
não teve filhos. Ele relata que não tem contato com o filho que teve
com Paula Thomaz e que nasceu na prisão.
O outro caso investigado pela revista é o de José Carlos Alves dos
Santos, economista aposentado do Senado, que 20 anos atrás fez parte da
chamada “Máfia dos Anões do Orçamento” e foi condenado pelo assassinato
da mulher. Quando foi preso, José Carlos era um homem rico e poderoso.
Tinha 12 imóveis nas áreas mais valorizadas de Brasília.
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