Lendo a edição de sábado (3), de O Globo, deparei-me com a manchete “Um culto no Palácio do Planalto".
Abaixo do título, lia-se uma peça ideológica em forma de reportagem. Na verdade, mais um ataque brutal e preconceituoso aos evangélicos. O jornal descreveu a posse do ministro da Pesca, Marcelo Crivella, como um atentado ao nosso Estado laico. Grosseiro e escorrendo ira pelas entrelinhas, o texto expõe a falta de escrúpulos com que as Organizações Globo tratam seus adversários. Preciso reforçar aqui minha condição de ateu. Ela me autoriza a ver a intolerância alheia sem filtros nem interesses. Vivemos em um país fortemente religioso, cuja Casa da Moeda, não por acaso, imprime em nosso dinheiro a expressão “Deus seja louvado”. Desde a primeira missa católica celebrada pelo frade Henrique de Coimbra e descrita na carta de Pero Vaz de Caminha, o Brasil vem pedindo a benção divina para se tornar um país de verdade. A cruz que ornamenta o plenário do Supremo Tribunal Federal também reforça essa minha tese. Todos os presidentes deste país passaram por Aparecida do Norte e frequentaram cultos das mais variadas crenças. Mas o Globo só se incomoda com a fé de seus inimigos. A pergunta que não quer calar é: fosse outro ministro, católico, umbandista, budista ou de qualquer outra fé que tivesse proferido citações de sua religião, O Globo agiria da mesma forma?
Marcos Antonio Araújo
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