A ex-senadora e ex-ministra Marina Silva é missionaria da igreja Assembleia de Deus há muitos anos. Enquanto encontra crescentes dificuldade para obter o registro de seu novo partido, a Rede Sustentabilidade, ela pode desembarcar no Partido Ecológico Nacional (PEN). A sigla, inclusive, é ligada à maior denominação evangélica do Brasil. O fundador e presidente do PEN é Adilson Barroso, líder da AD e ex-deputado estadual de São Paulo pelo Partido Social Cristão (PSC). O pequeno partido ainda tenta levar para seu partido todos os 24 deputados federais eleitos principalmente pelos votos do fieis assembleianos, o que faria dele a décima maior bancada do país.
Segundo a revista Veja, se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não deferir o pedido de registro da Rede até 5 de outubro, Marina terá de procurar outro partido para concorrer em 2014. A cúpula da Rede já disse que esperará até 21 de setembro para tomar a decisão final. O maior problema enfrentado por Marina e seus militantes é que o partido precisa que o TSE reconheça 491 000 assinaturas de apoio. Contudo, acusa os cartórios eleitorais de atrasarem a conferência das rubricas, pois até o momento menos de 400 000 assinaturas foram validadas.
Marina Silva diz que não tem um “plano B”. Mas não deve desistir da oportunidade de novamente tentar se eleger presidente do Brasil. Seu nome aparece na maioria das pesquisas eleitorais, em segundo lugar, com mais de 20% das intenções de voto. “Eu defendo que Marina vá para outro partido. Ela não perde nada, e pode até ganhar”, avisa o deputado federal Domingos Dutra (MA). Ele deixou o PT na expectativa de se filiar à Rede. Já foi especulado que ela poderia ir para siglas conhecidas, como o PPS e o PDT. Neste momento, a opção mais fácil seria o PEN, que já ofereceu espaço para Marina e seu grupo.
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