"E os seus discípulos, Tiago e João, vendo isto, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias fez? Voltando-se porém, repreendeu-os, e disse: Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las". - (Lc 9:54-56)./ Jesus havia enviado mensageiros adiante de si a uma aldeia de samaritanos para lhe prepararem pousada. Como o seu aspecto era de quem ia para Jerusalém, eles recusaram-se a recebê-Lo, porque
os samaritanos não falavam com os judeus, embora tivessem a mesma raiz de Davi. A realidade dos dias atuais é idêntica. Os homens continuam divididos por credos, raças, classes sociais, culturas, etc. A intolerância entre os indivíduos cresce a níveis insuportáveis na sociedade. Problemas graves, julgados vencidos, como a xenofobia, retornam com força avassaladora em todos os lugares, trazendo violência, medo e instabilidade. A religião não escapou deste espírito de contenda e divisão, plantado pelo inimigo. Aliás, seríamos tolos de pensar que aquele que “se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo
parecer Deus” não armaria as suas astutas ciladas no meio do povo de Deus. Ao olhar a infinidade de denominações, parece-nos que as igrejas se tornaram uma grande torre de babel, onde ninguém se entende. Difícil tornou-se o diálogo e o entendimento mútuo. Cada uma parece ter achado a forma perfeita de culto, de interpretação e de adoração a Deus. Para aqueles que pensam uma vírgula diferente de nós, não pedimos abertamente ao Senhor, que desça fogo do céu sobre eles e os consuma, porque a nossa polidez religiosa, assim não o permite. Mas o Senhor que vê a intenção dos corações, porventura não percebe o que vai no nosso íntimo, quando proferimos em pensamento um julgamento apressado e impiedoso sobre outros irmãos?
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