Diferentes grupos cristãos católicos e evangélicos no estado de Nagaland, nordeste da Índia, estão se unindo para combater o rápido crescimento do satanismo. Nos últimos meses foi divulgado que milhares de adolescentes estavam abandonando as igrejas e declarado que passaram a adorar o diabo.
A agência de notícias do Fides, do Vaticano, informou recentemente que mais de 3.000 jovens católicos seriam agora “adoradores de Satanás” somente em Kohima, capital do Estado de Nagaland.
A “explosão” do número de novos seguidores de Satanás teria começado em um movimento nas redes sociais, acredita o pastor Wati Longkumer, diretor do Movimento Missionário de Nagaland, um grupo que reúne cerca de 1.300 igrejas de confissão batista.
“Alguns dos jovens cristãos que conseguimos resgatar desse culto a Satanás nos contaram que eram convidados para reuniões após a meia-noite nos cemitérios da região. Eles recebiam novos nomes e sempre usavam roupas pretas nos encontros”, explica Longkumer. A maioria das pessoas ao receberem os convites pela primeira vez não sabiam que estariam fazendo parte da rituais de adoração ao diabo, mas depois tinham dificuldade em sair.
O pastor Ben Dang Toshi Longkumer, representante da Associação Evangélica da Índia, disse que os pais da região têm expressado preocupações com seus filhos depois que as denúncias começaram a ser divulgadas.
“A participação no culto a Satanás mudou consideravelmente o comportamento e a visão de mundo desses jovens, embora nenhuma atividade criminosa tenha sido comprovada até agora”.
Mais de 90% dos 2 milhões de habitantes de Nagaland são cristãos, sendo que 75% deles são evangélicos. O pastor Zotuo Kiewhuo acredita que a mudança drástica no comportamento da juventude do estado pode ser fruto de conflitos étnicos e seguidas denúncias de corrupção e escândalos nas igrejas, o que geraria uma grande insatisfação nos mais jovens.
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