Graça e Paz.
“Caminhando junto ao mar da Galiléia, viu Simão e André, o Irmão de
Simão. Lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes Jesus:
“Vinde em meu seguimento e eu farei de vós PESCADORES DE HOMENS” e
imediatamente, deixando as redes, eles O seguiram, Mc 1:16-18.” Quando Jesus foi batizado no Rio Jordão, por João Batista, logo deu início ao Seu Ministério de PESCADOR DE HOMENS. Ninguém nasce PESCADOR DE HOMENS pois esta tarefa exige um discipulado. A faina da pesca é uma ciência ancestral e a sua iniciação passava
de pais para filhos. Era preciso conhecer o mar porque é dele que vem o
peixe e também as tempestades. Por ser uma atividade de risco, os
candidatos a pescadores logo aprendem a respeitá-lo e também a
dominá-lo. Recordo-me que na minha terra as mulheres esperavam os maridos à
beira da praia e em orações imperceptíveis pediam por o bom êxito da
pesca e também pelo regresso pois sabiam que o mar traiçoeiro já tinha
levado na sua fúria de ondas tumultuosas e de ventos contrários à perda
de maridos e filhos. A missão de pescador envolvia toda uma casa e o
pão nosso de cada dia era o resultado do labor de todos e assim o
repartiam com singileza de coração. PESCADOR DE HOMENS, Jesus de Nazaré conhecia a arte das pescas
embora fosse carpinteiro. Todos nós sabemos que para aprender
precisamos de um mestre, uma pessoa experiente, capaz de ensinar, pelo
exemplo. Curiosamente, O Mestre, ensinou a fé aos discípulos também no
mar. Uma das mais belas narrativas dos Evangelhos foi como Ele acalmou o
mar e emudeceu os ventos quando com seus discípulos dormia na proa do
barco quando ia com eles no mar da Galiléia. Naquele dia, os
discípulos,interrogaram-se, dizendo: Quem é este que até o vento e o
mar Lhe obedecem? Uma outra vez Jesus foi ao encontro deles que estavam
no barco andando pelo mar e os discípulos tomados de grande assombro,
pensavam ser um fantasma e logo Jesus os sossegou dizendo que era Ele e
isto para que aprendessem a ter paz porque jamais os abandonaria e como
um deles, Pedro também quiz, ter a mesma experiência, o Mestre mandou-o
ir ter com ele. Saindo ele corajosamente ao Seu encontro, vacilou
perante a turbulência das águas e logo perdeu a fé e gritou por socorro
ao que Jesus de pronto o acudiu.
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