Assim diz o Senhor: Não aprendais o caminho dos gentios, nem vos espanteis dos sinais dos céus; porque com eles se atemorizam as nações. Porque os costumes dos povos são vaidade; pois corta-se do bosque um madeiro, obras das mãos do artífice feita com machado; Com prata e com ouro o enfeitam, com pregos e com martelos o firmam, para que não se mova. [...]Todo homem é embrutecido no seu conhecimento; envergonha-se todo o fundidor da sua imagem de escultura; porque sua imagem fundida é mentira, e neles não há espírito. Vaidade são, obras de enganos: no tempo da sua visitação virão a perecer.
Passaram-se milhares de anos desde que o profeta Jeremias proferiu estas palavras cheias do Espírito de Deus, onde repreendeu severamente a prática de substituir a adoração a Deus pela adoração aos ídolos, fruto da criação dos artífices, que ao adicionarem trabalho manual, ouro, prata, pedras preciosas e imaginação, a pedaços sem valor de madeira, criavam objetos capazes de dirigir a vida da humanidade perdida. Nesse passo, quando observamos a nossa realidade atual, mas não fechamos nossos olhos para os dias em que viveu o referido profeta, podemos constatar que “as coisas” não mudaram muito, afinal, hoje em pleno Século XIX as pessoas ainda continuam a serem guiadas por ídolos, mas desta vez, não feitos de madeira ou de pedras preciosas. Provavelmente, você deve estar se perguntando o seguinte: ainda hoje existem ídolos feitos de barro, de madeira e de materiais diversos (e até mesmo de carne e osso), como é que não são mais feitos disso? Se pensou desta forma, você não está equivocado, na verdade, apenas não está observando sob a ótica que queremos compartilhar neste texto.
Acerca disso, mas pelo amor à brevidade, para responder ao questionamento acima, temos que responder a seguinte pergunta: qual o fator mais importante na construção de ídolos em todas as eras da humanidade? Se a resposta foi imaginação humana, o leitor acertou, pois mais difícil do que construir um objeto físico, é construir um objeto imaterial, uma fantasia, uma mentira que é tão poderosa que é capaz de fazer os incautos ajoelharem-se diante dela, depositando toda a sua confiança em algo fruto, não de uma vontade superior, mas de desejos efêmeros. Nesse contexto, e com base nas transformações produzidas na sociedades humanas durante milênios, contudo, de uma maneira inda mais vigorosa nos últimos séculos, percebemos que a madeira fora gradativamente substituída pelas paixões, pelos ideais e pelo intelecto humanos, o ouro, a prata e as pedras preciosas pela capacidade de persuasão, ou seja, simplesmente assumiram sua verdadeira forma.
Nesse tom, segundo a ótica das escrituras, em razão da natureza do homen ser decaída, este sempre busca aquilo que o seu coração ardentemente deseja, e hoje, a humanidade busca a qualquer custo, a materialização dos ideais iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade, valores esses, que aparentemente são grandes conquistas humanas, entretanto, da maneira que foram trabalhados pelos artífices modernos e pós modernos, excluem totalmente a influência do Deus Cristão. Por fim, irmãos, precisamos entender, que a verdadeira escravidão, por mais bárbara que seja, não é aquela em que temos nossa liberdade física violada, mas sim aquela em que nossa alma é cativa, por isso, não podemos nos esquecer que somos cidadãos do céu, e assim, tudo o que nos é apresentado como verdade, deve necessariamente passar pelo crivo do exemplo e dos ensinamentos de nosso Senhor Jesus Cristo.
Por. Adriano Machado Santos
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