Desde sua fundação em 1908, o ministério Gideões Internacionais distribui porções da Palavra de Deus ao redor do mundo. Atualmente são mais de 190 países que contam com voluntários fazendo a distribuição. Entre os locais mais comuns para se se encontrar os Novos Testamentos de bolso, característicos do ministério, estão hotéis, hospitais, prisões e escolas. Mas por causa do processo de um grupo ateu, não será mais possível fazer a distribuição de Bíblias e Novos Testamentos (edição combinada com Salmos e Provérbios) nas escolas públicas do Canadá.
O site dos Gideões Internacionais diz “Nós acreditamos que a Palavra de Deus pode mudar vidas”. No entanto, Rene Chouinard, líder de um grupo ateísta, ficou irritado por que, durante vários anos, os Gideões distribuíram Bíblias para os alunos na escola onde sua filha estuda. Ateísta militante, Chouinard procurou a direção do distrito escolar e pediu para dar aos alunos um livro ateu que compara Deus ao Papai Noel e afirma que a Bíblia “está cheia de erros”. Diante da recusa das autoridades escolares, Chouinard entrou com um processo na justiça canadense.
A decisão sobre o caso foi proferida pelo juiz David Wright, do Tribunal de Direitos Humanos de Ontário, que decidiu em favor dos ateus. Em seu veredito, ele também classificou a distribuição de literatura religiosa em escolas como “discriminação”. Este é o segundo revés sofrido pelo grupo, que atua nas escolas canadenses desde 1936. No ano passado uma decisão parecida os impedia de distribuir material cristão no distrito de Bluewater. Na época, Kelvin Warkentin, porta-voz dos Gideões Internacionais canadenses, reconheceu que os tempos mudaram e que o processos de secularização da sociedade parecia irreversível.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, onde o Gideões Internacionais foi fundado, corre um processo semelhante. A organização American Civil Liberties Union (ACLU) entrou com um processo judicial no Estado do Kentucky exigindo a proibição da distribuição de Bíblias dos Gideões nas escolas públicas. O argumento da ACLU é que esse tipo de distribuição é inconstitucional e fere o Estado laico. O processo foi questionada na justiça pelo grupo de juristas cristãos Alliance Defending Freedom (ADF).
O advogado Rory Gray, membro da ADF, esclarece: “As escolas públicas devem incentivar a livre troca de ideias, e não fechar as portas para que isso aconteça”. Segundo o Jeremy Tedesco, também da ADF: “As escolas americanas não devem permitir que a ACLU os intimide, fazendo uma clara violação constitucional [da liberdade de expressão]“.
Nenhum comentário:
Postar um comentário