Diante do crescente movimento anticristão em diferentes países do Oriente Médio e do norte da África nos últimos meses, o sheik Abdullah bin Abdul Aziz, afirmou que é necessário “destruir todas as igrejas” da região. Ele é o grão-mufti da Arábia Saudita, maior autoridade espiritual da nação que é berço do Islamismo. Segundo a Missão Portas, é o segundo país que mais persegue os cristãos, Abertas. O líder religioso é o chefe do “Conselho de Ulama” [eruditos islâmicos] e da Comitê Permanente para a Investigação Científica e Emissão de Fatwas (decretos religiosos). Suas palavras sempre têm grande repercussão, sobretudo entre os muçulmanos sunitas.
Sua afirmação recente é a mesma que foi divulgada no ano passado. Desta vez o motivo foi a divulgação que enquanto países como o Kuwait proíbem a construção de novas igrejas, em junho foi inaugurado um novo templo cristão perto de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Outra está em construção em Abu Dhabi. No início de 2013, o rei do Bahrain doou um terreno para a construção de uma nova catedral católica no país. Na Árabia Saudita, estima-se que existem cerca de 3 milhões cristãos, todos trabalhadores imigrantes que não podem construir uma igreja pois a lei não permite.
Esse tipo de convocação ocorreu poucos dias antes do evento “Relatório do Oriente Médio: Porque a verdade está se perdendo” realizado em Londres. Entre seus oradores estava o historiador inglês Tom Holland. Em sua opinião, o mundo está assistindo impassível à extinção do cristianismo na mesma região onde ele se originou. Sua “avaliação apocalíptica”, como foi definida pela imprensa, é baseada em farta documentação de evidências e estatísticas do avanço na região do Islã militante. “É o clímax de um processo que iniciou ao longo do século XX e pode resultar em breve na extinção efetiva do cristianismo no Oriente Médio”, afirmou ele durante um painel do evento. Segundo ele, o estopim foi a onda de ataques contra cristãos no Egito desde a chamada Primavera Árabe.
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