A peleja se mostrava ferrenha. Apenas havia terminado a primeira batalha, mas a missão ainda não tinha sido concluída. Elias, incansável, destruiu todos os profetas de baal, livrando o povo se suas influências pagãs. Mas somente isto não bastaria para por fim ao sofrimento de Israel. Andavam por aquelas terras, sobreviventes, animais magros, crianças que choravam o leite que suas mães não tinham mais para as alimentar. Os poços estavam já quase que totalmente secos, caminhava-se bastante por um cântaro de água. Muitos não resistiram à fome e a escassez, milhares faleceram. Terra árida, seca, nada crescia. Pois é assim, o pecado tem suas amargas consequências, e a tudo secava e consumia. Podia-se ouvir um lamento em Israel, um pedido, um clamor pelo antigo refrigério que descia do céu, no passado.
As pessoas constantemente olhavam para o céu em busca de um sinal de esperança, e se perguntavam, será que é hoje? Será que ela vem? Chuva era sinal de benção, de prosperidade, mas a idolatria levou o povo de Deus à ruína e a miséria. De Gaza a Jaffa, a planície marítima com seus imensos campos de trigo; os célebres pastos da planície de Sarom, o vale de Siquém, a meseta de Basã, os campos de Esdrelom, os hortos que cercavam Jericó, o cultivo de cevada, lentilhas, gergelim, alfafa, milho, abóboras, tudo havia secado e queimado pelo calor do sol.
Eu Vejo Uma Pequena Nuvem
O profeta chama a seu servo, e o manda ir mais adiante, de onde pudesse ver o mediterrâneo. E ele foi, e ao longe, contemplava o horizonte, onde céu e mar pareciam se unir em um contínuo e límpido azul. Nenhuma nuvem, nenhum sinal de chuva. Mas Elias sabia que tudo aconteceria no tempo de Deus, era necessário fé e insistência. Por isso ele volta a orar e ordena que seu servo retornasse a olhar o céu por sete vezes.
"E disse ao seu servo: Sobe agora, e olha para o lado do mar. E subiu, e olhou, e disse: Não há nada. Então disse ele: Volta lá sete vezes." 1 Reis 18:43
A notícia que Elias recebe de seu servo demanda fé. A nuvem avistada subindo do mar era pequena, "como a mão de um homem", mas este era o sinal do início da manifestação de Deus à oração do seu profeta. Pela meteorologia, uma nuvem do tamanho da mão de um homem nada podia representar em termos de mudança climática, porém Elias já enxergava uma grande e abundante chuva, que encheria os poços, e regaria toda terra, trazendo alívio, crescimento das sementes e fartura e prosperidade ao povo de Deus.
E sucedeu que, à sétima vez, disse: Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar. Então disse ele: Sobe, e dize a Acabe: Aparelha o teu carro, e desce, para que a chuva não te impeça. 1 Reis 18:44
Gradualmente aquela pequena nuvem se fortaleceu, se multiplicou e encheu o céu. A chuva de bençãos voltava a se derramar sobre Israel. Quanta alegria, muitos ajoelhados choravam e agradeciam! Deus não havia abandonado o seu povo. Nasce um novo cântico de louvor na boca dos israelitas, a vida voltava a brotar na terra prometida, era a chuva do Senhor, a chuva de bençãos finalmente chegou! Multidões saem as ruas pulando e salmodiando em meio ao aguaceiro e chuvarada de Deus! "E sucedeu que, entretanto, os céus se enegreceram com nuvens e vento, e veio uma grande chuva; e Acabe subiu ao carro, e foi para Jizreel." 1 Reis 18:45
O Que Você Vê?
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