Neste final de semana aconteceu em Paranapiacaba, em Santo André, no ABC Paulista, a 12ª Convenção das Bruxas. O evento atraiu cerca de 400 bruxas e magos de diversas cidades brasileiras. O evento não teve como objetivo fazer rituais, mas sim discutir sobre o bem e o mal e mostrar que a bruxaria não é algo do mal. “Sabemos que há pessoas que fazem coisas más e outras que fazem coisas boas. Na bruxaria, queremos mostrar que somos as pessoas do bem”, disse Tânia Gori, bruxa idealizadora do evento.
Gori diz que o fundamento da bruxaria é a integração com a natureza entre os quatro elementos: água, terra, fogo e ar e destacou que é um alívio que hoje as bruxas não sejam mais queimadas em fogueiras. “Até pouco tempo atrás era permitido queimar bruxas em praça pública em algumas regiões da Europa. Hoje isso não acontece mais. Foram anos e anos de perseguição, mas agora as pessoas entendem o que fazemos”. Para ela eventos como a Convenção são importantes para mostrar o lado bom da bruxaria. “A convenção tem tido essa função, de evidenciar o lado bom da bruxaria, é um espaço para que as pessoas tenham acesso à informação e conheçam mais de perto o que fazemos”, disse. Outro fator que tem contribuído para acabar com o preconceito contra elas é a indústria do entretenimento com o lançamento de livros, filmes e séries.
“O exemplo mais recente foi o da Malévola, que mostra uma reedição da história em que a bruxa se torna personagem principal, que foi vítima do amor, de uma traição por amor, que busca o bem até o fim do filme”, destaca Tânia Gori. “A bruxa verdadeira não é aquela que tem verruga no nariz, a bruxa do mal. A bruxa de verdade é a bruxa boa. Queremos mostrar o lado mais humanizado da bruxaria, menos caricato”, garante ela.
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