Em meio ao recesso parlamentar e sem muito alarde da mídia, o Senado Federal utilizou suas conta oficial no Twitter e noFacebook para “lançar” um debate que promete ser polêmico. Uma votação na internet não tem força de lei, mas serve como “termômetro” da opinião pública. O Senado está usando seu site oficial para questionar a população sobre a proposta: “Fim da imunidade tributária para as entidades religiosas (igrejas)”. No ano passado, quando a Câmara dos Deputados usou sua página para fazer uma enquete sobre a “definição de família como núcleo formado a partir da união entre homem e mulher”, ocorreram muitas campanhas prós e contra. Quando o “não” ultrapassou o “sim”, milhares de evangélicos se mobilizaram na internet para reverter o quadro. O resultado final indicou 50.81% contrários (285.417 votos), 48.8% favoráveis (274.176 votos) e 0.39 % (2.191 votos) não souberam opinar. Foi a enquete com maior participação popular da história do site.
Na página do Senado a justificativa é que a ideia foi lançada pelo sistema e-legislação, onde qualquer pessoa pode sugerir uma pauta para ser analisada. Ao atingir 20 mil assinaturas eletrônicas, deixou de ser uma mera petição eletrônica e foi encaminhada para a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa da casa. A proposta aguarda relator. A justificativa oficial apresentada diz: “Os constantes escândalos financeiros que líderes religiosos protagonizam estão tornando-se o principal motivador da ideia de que a imunidade tributária das igrejas deve ser banida. O Estado é uma instituição laica e qualquer organização que permite o enriquecimento de seus líderes e membros deve ser tributada”.
Uma pesquisa na internet revela que a iniciativa de propor tal lei foi da ATEA (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos). Através de uma campanha nas redes sociais, a ATEA conseguiu mobilizar os 20 mil apoiamentos necessários. Embora muitos evangélicos critiquem a Frente Parlamentar Evangélica, afirmando que os cristãos não deveriam se envolver com política, cada vez mais no Brasil se acirram os embates jurídicos e legislativos sobre questões relacionadas com os valores defendidos pelo cristianismo.
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