Após chocar o mundo no penúltimo domingo (15), com a divulgação de um vídeo no qual 21 cristãos egípcios foram decapitados, o Estado Islâmico publicou mais imagens no último final de semana, nas quais outros 21 reféns (desta vez, curdos) aparecem presos em jaulas. O pastor Roberto de Lucena, que já havia se pronunciado sobre o fato – expressando o seu repúdio ao terrorismo – lançou uma campanha de 40 dias de oração pelos cristãos perseguidos em todo o mundo. Fato é que a legenda do primeiro vídeo publicado pelo grupo terrorista gerou grande repercussão e uma comoção coletiva. “O Povo da Cruz: Seguidores de uma igreja egípcia hostil”, dizia a inscrição para se referir aos cristãos, representados por aqueles 21 homens ali executados.
A campanha lançada por Lucena tem início marcado para o primeiro dia do próximo mês de março e pode ser aderida por todos os que se dispõem a orar pela igreja perseguida, independente da denominação. “Eu quero convidar a todos para nos organizarmos e, a partir do dia 1º de março nós possamos fazer uma grande cruzada de oração, durante 40 dias, clamando ao nosso Deus e pedindo a Ele pela igreja perseguida e pelo Povo da Cruz, que está sendo afrontado, perseguido e eliminado de maneira brutal, grotesca”, destacou. Hashtags como eufaçoparte e o povoda cruz têm sido usadas para divulgar a campanha nas mídias sociais.
Parlamento
Além de convidar a todos os cristãos para se juntarem nesta campanha, o deputado também voltou a falar sobre a importância de que o governo brasileiro se posicione de maneira mais firme contra o terrorismo. Lucena já apresentou um Projeto de Lei no qual o Congresso Nacional autoriza o presidente da República a suspender relações diplomáticas com países que se mostrem tolerantes ou até mesmo de alguma forma aprovem atos terroristas, perseguição religiosa ou qualquer outro tipo de desrespeito aos direitos humanos.
“Eu quebrei o silêncio no Congresso Nacional e agora vamos fazer força para aprovarmos esta proposta legislativa”, disse. Lembrando de outro grande massacre registrado na história, Lucena destacou que se a comunidade internacional tivesse se mobilizado poderia ter evitado de alguma forma, a morte de 6 milhões de judeus nos campos de concentração de Adolph Hitler.
“A história parece repetir-se e apresentar-se diante de nós. É preciso que nós rompamos com isso. Por isso a minha indignação e o meu desconforto”, alertou. Além de integrar a Coalizão Internacional de Parlamentares – que defende a liberdade religiosa no mundo como direito fundamental – Lucena também faz parte da Frente Parlamentar em Defesa da Liberdade Religiosa, que será lançada no próximo mês de março, em Brasília.
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