Subi ontem a uma casa onde o Grande Oleiro não havia trabalhado. Lá encontrei dois vasos velhos e rachados, e de sujos que estavam não podiam ser usados. Quão diferente poderia ter sido a condição daqueles vasos! Se tão somente tivessem deixado as mãos habilidosas do Oleiro fazer neles o seu trabalho. Mas afinal, eles não acreditaram. Temeram e pensaram que Ele não poderia restaurá-los. Ou então calcularam o preço que deveria ser pago, e não se dispuseram a pagá-lo. Porque sabiam que deveriam ser quebrados e moídos, para serem feitos novos vasos.
O Oleiro derramaria na mesma massa ressecada a água maravilhosa da Sua graça. Com ela amoleceria o barro e formaria um vaso tão forte, no lugar daquele que antes era desprezível e fraco, e o encheria para um grande uso honrado, com a excelência do poder do Seu Espírito. Preferiram entretanto permanecer abandonados, envelhecendo num canto da casa até que viessem por fim a ser queimados. Triste estória é esta, que chega a doer na alma, ver vasos que foram tão queridos, que foram feitos para amar e serem amados, resistir até o fim Àquele que lhes havia criado.
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