Cerca de 2.000 pessoas reuniram-se nesta segunda-feira, 4, diante da Suprema Corte, em Jerusalém, para protestar contra o interrogatório de dois rabinos que apoiaram um livro que defende que o assassinato de não judeus seria justificado em certos casos.
A comunidade ortodoxa e ultraortodoxa se revoltaram com a prisão e com a posterior libertação de dois rabinos, Dov Li’or e Yaakov Yosef que defendia a Torá dos Reis (The King’s Torah), livro que já foi o motivo da prisão de outros dois rabinos, Yitshak Shapira e Yosef Elitzur, por incitar a violência em Israel.
Li’or e Yosef apresentam-se como vítimas das autoridades judiciais, as quais acusam de “querer asfixiar a voz da Tora” ao impedi-los de expressar opiniões baseadas na tradição dos rabinos.
A prisão desses rabinos gerou uma confusão entre Estado e religião, já que em Israel essas duas instituições nunca andaram separadas. O jornal Maariv chegou a noticias que Israel “tornou-se o único país do mundo onde personalidades religiosas estão acima das leis e onde os policiais não têm direito de interrogá-los.”
Torá dos Reis
O polêmico livro foi publicado em 2009 e até chegou a ser proibido em Israel, nele está escrito que bebês e filhos dos inimigos de Israel podem ser mortos sob certas condições desde que “seja claro que eles vão crescer para nos ameaçar”.
A obra também diz que os não judeus seriam “pessoas de pouca compaixão por natureza” e ataques a eles “combateriam sua inclinação maléfica”.
“Em qualquer lugar onde a influência dos gentios for uma ameaça para a vida de Israel, é permissível matá-los”, diz o livro.
Uol e BBC Brasil
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