Milhares de pessoas marcharam contra o aborto no Peru no último sábado (21) durante a “Marcha pela Vida”, evento convocado pelo arcebispo de Lima, Juan Luis Cipriani, e que contou com o apoio de outras comunidades religiosas. Segundo uma declaração do religioso na rádio “Programas del Perú”, o evento visa “defender a vida desde a concepção até a morte natural, como uma grande plataforma de estabilidade”. Desde 2002 o Peru tem em seu calendário o “Dia da Criança Por Nascer” comemorado todo dia 25 de março e a Marcha Pela Vida faz parte dessas comemorações em defesa do direito de nascer.
O lema do evento deste ano foi “Todos temos uma criança dentro” e os participantes vestiram camisetas com frases do tipo “Eu amo a vida”, “A família nos une”, “Defendendo a vida” e “Todos fomos fetos”. O Papa Francisco apoiou o evento durante um encontro que teve com o arcebispo de Lima no mês de fevereiro. “(O papa) nos disse que se une em oração no compromisso de defender e promover o bem fundamental da vida humana”, afirmou Cipriani. O religioso condenou toda prática de aborto, até mesmo nos casos de estupro dizendo que a interrupção da gravidez é um assassinato em qualquer situação. “A um problema de um estupro não podemos acrescentar assassinato. O mundo que hoje se atreve a tantas coisas tem que ser humilde. Há muito dinheiro para abortar, mas não tanto pra para fazer lugares de abrigo”.
No Peru há leis que contemplam a possibilidade de “aborto terapêutico” desde 1924, mas por falta de regulamentação a lei nunca foi aplicada. Além de falar sobre o aborto, a Marcha Pela Vida aproveitou o destaque para condenar a união entre pessoas do mesmo sexo, o Congresso peruano se negou recentemente em debater uma proposta que aprovava o casamento gay. Sobre isso Cipriani afirmou: “O que queremos ao defender a vida e promover a família é o casamento entre um homem e uma mulher. Isso é promover a realidade e uma lei natural. Esta realidade é o que dá o sabor de sermos humanos”.
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