Um pastor evangélico que distribuiu panfletos com opinião contrária ao casamento gay e à adoção homoparental foi multado pelo governo de um estado mexicano. Carlos Pacheco, líder da Igreja Evangélica Cristo Vive, no estado de Coahuila, promoveu uma passeata e distribuiu panfletos com o ponto de vista de que a homossexualidade é pecado e que a adoção de crianças por casais gays não é a ideal. O governador de Coahuila, Rubén Moreira, reprovou a iniciativa e aplicou uma multa no pastor, no valor de $ 16.612 pesos mexicanos, e uma multa na igreja dirigida pelo pastor, de $ 19.635 pesos.
Diversos manifestantes que compareceram à passeata do dia 01 de março consideraram as multas como um ato de censura e perseguição religiosa. No México, os evangélicos constituem uma minoria da população, predominantemente católica. Segundo informações do Diario do Mexico, o advogado de defesa do pastor, Eduardo Pacheco, afirmou que assim que for notificado oficialmente irá recorrer da multa.
Já o pastor Pacheco voltou suas críticas ao governador, dizendo que sua atitude foi um gesto que marcou o início da perseguição contra quem se posicionar em oposição à militância gay: “Na minha opinião [a passeata] não foi um ato discriminatório, como diz a lei mencionada, mas primeiro deve-se saber o conteúdo da resolução, para revisá-la e impetrar o recurso”, disse. “Se no final, o juiz federal acreditar que ocorreu uma falha administrativa, é claro que vamos nos submeter, porque somos cumpridores da lei, mas não vamos deixar de crer que estamos certos, ainda que a perseguição seja levantada, todas as vezes que uma lei foi interpretada errada, não existe perseguição”, concluiu.
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