O
Evangelho de João é fundamental para se compreender a cristologia de
Jesus-servo porque nele estão bem refletidas as ações de Jesus como
Servo de Deus. Apesar de ser um escrito do final do primeiro século da
era cristã, no qual se revela uma “Teologia do alto”, entretanto, o
livro de João privilegia temas especificamente de Jesus como Servo de
Deus mediante imagens populares. As imagens sobre Jesus agindo como Servo de Deus são simbólicas como a do. “Bom Pastor” doando sua vida pelas ovelhas, a do “Lava-pés” mostrando o serviço igualitário entre os irmãos, a da “Galinha com seus pintainhos” .manifestando o cuidado, a da “Videira com seus ramos”, a do “Partir do pão” revelando a comunhão e a do “Cordeiro de Deus”, as quais estão, misticamente, associadas à cruz com a morte, a ressurreição e a entrega do Espírito (Jo 19, 30).
Jesus é o Bom Pastor
Quando se analisa a imagem de Jesus como Bom Pastor (Jo 10, 1-18) fica
notório a proximidade existente da outra imagem de Jesus como Servo de Deus. Por isso, é importante compreender as ideias de ambas, principalmente em Israel. Primeiro, é relevante analisar o significado da relação de escravo e o seu .senhor. Aqui se opta por conceitos sinonímicos entre escravo e servo. No tempo primevo da Aliança em Israel não deveria haver escravos dentre os próprios israelitas (Lv 25, 35ss), pois eles deveriam se lembrar de quando estiveram escravos no Egito e foram resgatados pela ação libertadora de Iahweh (Dt 15, 12ss). Entretanto, em tempos posteriores, em Israel se permite escravos, pois se havia uma lei acerca deles, conclui-se assertivamente pela existência de escravos (Ex 21, 1-11). Esse surgimento de escravos em Israel tudo indica tê-lo havido no tempo da monarquia. Dentro das próprias famílias e dos palácios havia escravos. Era uma pessoa sem posse das principais características da pessoa humana como a liberdade e a vontade. Quando se chegava ao sétimo ano tinha direito à liberdade, porém, o seu senhor não podia alforriá-lo sem bens materiais (Dt 15, 13-14). Em se tratando da relação entre escravo e senhor a lei estabelecia normas claras para que não houvesse injustiças e se o escravo, mesmo tendo direito à liberdade, quisesse continuar como escravo porque amava o seu senhor, este deveria recebêlo (Ex 21, 5s). Deste modo, a relação entre o escravo e o seu senhor é, de certa forma, amizade. No decorrer do tempo ganha sentido de espiritualidade, havendo assim uma transferência de significados entre escravos e senhores terrenos para escravos e o Senhor Iahweh Deus. Este atributo a Iahweh de Senhor – adonai – provavelmente foi concebido a partir dessa realidade terrestre e temporal dos israelitas. Quem serve a Iahweh deve servi-lo como os servos servem ao seu senhor por que o ama. Um serviço livre, porque quem ama, vive a liberdade como dom, livre e gratuito, podendo assim amar livremente. Amar é ação salvadora e eterna, porque quem ama participa da vida do Deus amor eterno (Jr 31, 3).
Jesus é o Bom Pastor
Quando se analisa a imagem de Jesus como Bom Pastor (Jo 10, 1-18) fica
notório a proximidade existente da outra imagem de Jesus como Servo de Deus. Por isso, é importante compreender as ideias de ambas, principalmente em Israel. Primeiro, é relevante analisar o significado da relação de escravo e o seu .senhor. Aqui se opta por conceitos sinonímicos entre escravo e servo. No tempo primevo da Aliança em Israel não deveria haver escravos dentre os próprios israelitas (Lv 25, 35ss), pois eles deveriam se lembrar de quando estiveram escravos no Egito e foram resgatados pela ação libertadora de Iahweh (Dt 15, 12ss). Entretanto, em tempos posteriores, em Israel se permite escravos, pois se havia uma lei acerca deles, conclui-se assertivamente pela existência de escravos (Ex 21, 1-11). Esse surgimento de escravos em Israel tudo indica tê-lo havido no tempo da monarquia. Dentro das próprias famílias e dos palácios havia escravos. Era uma pessoa sem posse das principais características da pessoa humana como a liberdade e a vontade. Quando se chegava ao sétimo ano tinha direito à liberdade, porém, o seu senhor não podia alforriá-lo sem bens materiais (Dt 15, 13-14). Em se tratando da relação entre escravo e senhor a lei estabelecia normas claras para que não houvesse injustiças e se o escravo, mesmo tendo direito à liberdade, quisesse continuar como escravo porque amava o seu senhor, este deveria recebêlo (Ex 21, 5s). Deste modo, a relação entre o escravo e o seu senhor é, de certa forma, amizade. No decorrer do tempo ganha sentido de espiritualidade, havendo assim uma transferência de significados entre escravos e senhores terrenos para escravos e o Senhor Iahweh Deus. Este atributo a Iahweh de Senhor – adonai – provavelmente foi concebido a partir dessa realidade terrestre e temporal dos israelitas. Quem serve a Iahweh deve servi-lo como os servos servem ao seu senhor por que o ama. Um serviço livre, porque quem ama, vive a liberdade como dom, livre e gratuito, podendo assim amar livremente. Amar é ação salvadora e eterna, porque quem ama participa da vida do Deus amor eterno (Jr 31, 3).
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