“Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau”. (Ecl. 12:14). Do hebraico charatá, um sentimento de culpa pelo erro do passado e uma decisão de ter um novo comportamento a partir de então, sendo uma nova pessoa para o futuro. É eliminar o passado e começar de novo. É abandonar o pecado. Arrepender-se é uma ação de humildade que envolve um ser que resolve admitir o erro de forma muito transparente com os outros e principalmente com o seu Criador, afim de que a relação de intimidade entre ambos voltem a ser espiritualmente perfeitas. O arrependimento consiste em nascer de novo.
Quando o homem está disposto a se converter de sua culpa, ao menos quatro coisas importantes acontecem no reino do espírito: 1. A Ação do Espírito Santo Em primeiro lugar, haverá o Espírito Santo para convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo. A função do Espírito de Deus é restaurar a visão ora perdida pela visão plena de santidade divina, reconstruindo o que se havia destruído na vida do pecador. Assim, é necessário ouvir a voz do Espírito Santo para que os passos seguintes venham a completar o processo de vitória e cura. 2. Acusação x Confissão Em segundo lugar, é necessário saber que haverá de se enfrentar o acusador (o diabo) que tentará bloquear a alma do homem culpado, para que o mesmo não creia que encontrará a esperança de receber o perdão, mesmo depois de haver nascido de novo.
“Isso poderá levar o cristão a um sentimento de culpa irreparável; gerando melancolia e a tristeza excessiva, além do pessimismo, introspecção e desânimo absoluto”. (Dr. Richard Baxter, Superando a Tristeza e a Depressão com a Fé, Ed. Arte Editorial, SP 2010). Essa parte, da qual estamos lendo, é a mais complicada do ponto de vista humano, uma vez que o homem passou a ter vergonha de seus erros desde o Jardim do Éden, quando Adão e Eva experimentaram a impureza de sua nudez diante de seus olhos e diante dos olhos de Deus. A atitude mais comum do cristão, nestas horas é se esconder mesmo e, esse oculto vergonhoso tem um grande auxílio de satanás, o acusador. Ele o fará desistir de confessar o erro.
Mas, se o enfrentar sofridamente a acusação de nosso principal inimigo, já era dolorido, imagine ter que enfrentar as dores e as feridas das pedras que serão ‘tacadas’ de pessoas comuns confiáveis ou inimigas, como aconteceu com o rei Davi, por exemplo. Nem toda confissão é fruto de arrependimento, porém dentre outros fatores, a confissão, a mudança de comportamento (conversão) e o abandono do pecado são as mais relevantes características de um genuíno arrependimento.
A notícia boa desta parte é que ela não é o fim! Temos ainda a terceira e a quarta partes, as quais se destacam pelo amor incondicional de Deus pelos seus filhos na terra.