Na parábola do Jotão, contida em Jz. 9:8-15, Deus nos alerta para uma situação: quando os bons se omitem, os maus tomam conta do poder. A fábula conta a história de algumas árvores que queriam um rei; elas foram até
algumas das árvores mais exuberantes, tais como a oliveira, a figueira e a videira, porém nenhuma delas aceitou o convite. Reinar significaria ter de deixar de produzir seus preciosos frutos, quais sejam, o azeite de oliva, o figo e o vinho. Como nenhuma das boas árvores aceitou ser rei, sobrou a oportunidade para o espinheiro.
O pastor Martin Luther King disse uma vez: O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons. Com efeito, quando os bons se omitem, sobram espaços para que os maus mostrem suas atividades. A atividade de um espinheiro não é outra senão a de abrigar insetos e ferir o homem. Para nada mais serve.
Líderes em todos os segmentos se preocupam com essa triste realidade. Pessoas honestas e com trabalho útil, de boa índole, de bom caráter, de vida consagrada tem se omitido, pois não querem pagar o preço de liderar. Deus precisa de árvores que dêem bons frutos, com utilidade, com vida consagrada para a sua obra. Se você é uma árvore que dá bons frutos é hora de responder ao chamado do Mestre. Não se omita! Faça aquilo que melhor sabe fazer para Deus. Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz comete pecado (Tg. 4:17).
É fácil murmurar contra a Igreja, contra os pastores e líderes. Difícil é estar lá, é deixar seu tempo livre, muitas vezes de lazer para se dedicar as coisas de Deus e da Igreja. Se você não está contente, é hora de se sacrificar e usar todas as suas habilidades para o trabalho que você sabe fazer. Tome o espaço que Deus tem reservado para você. Apresente-se para fazer aquilo que você saber fazer melhor que ninguém. Quando todos estivermos unidos, fazendo cada um o melhor de si para Deus, certamente não haverá espaços para que os maus assumam os lugares importantes na Igreja e na sociedade.
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