Desejava uma família feliz /
Meu pai foi preso na cadeia de Santos, era um dos maiores homicidas da Baixada Santista.
Certo dia recebeu no presídio um Novo Testamento dos Gideões, fez uma dedicatória e entregou a minha mãe para que ela o trouxesse de presente para mim e para minha irmã, em nome dele. No mesmo dia em que meu pai nos enviou aquele presente, ele entregou também uma carta para minha mãe, onde dizia que ele desejava que sua fami1ia fosse feliz. À medida que eu aprendia a ler, pegava aquela pequena Bíblia e lia alguns versículos. Depois de alguns anos, converti-me ao Evangelho de Cristo Jesus, e o que mais me chama à atenção
em tudo o que aconteceu, foi o fato de que aquele pequeno livrinho, tão grande e rico em seu conteúdo, me foi presenteado por um dos grandes homicidas de Santos, meu pai! Infelizmente, logo que ele saiu daquela prisão, foi cruelmente assassinado por vingança. Porém, ele deixou para nós, eu e minha irmã, um legado de valor incomensurável, a maior herança que um ser humano pode receber nesta terra, a Palavra viva de Deus. Não tenho condições de afirmar que ele foi salvo, mas também não posso duvidar disto, já que ele foi evangelizado no presídio. Deus o sabe. Deus tem uma maneira singular de trabalhar, pois demonstrou o Seu amor,
não só pelo mais vil pecador, meu pai, mas também estendeu esse amor à sua família sofrida, discriminada e desprovida da graça do Deus Altíssimo. Hoje me sinto feliz; sou um pastor, e dirijo a Congregação da Assembléia de Deus, Ministério Belém, da Praça dos Andradas, em Santos. Tenho uma linda família. Deus os abençoe, irmãos Gideões, dando-lhes força, capacidade e unção para desempenharem tão grandioso e importante trabalho. Muito obrigado!
Erick Alves Ferreira (Santos, SP).
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