Os cristãos podem se aproximar com confiança para serem purificados de seus pecados, porque há um Advogado de defesa no tribunal celestial constituído para defendê-los das acusações de Satanás contra eles, por causa dos seus pecados. Cristo não perderá uma só causa daqueles que se aproximam dEle pedindo que seus pecados sejam perdoados. Ele os perdoará, defenderá e absolverá. Não há outro Advogado que possa defender a nossa causa porque somente Cristo morreu por nós. Ele é a propiciação pelos nossos pecados que foi inteiramente aceita pelo Pai, isto é, Ele próprio foi a única oferta que Deus aceitou como sacrifício para satisfazer inteiramente a Sua justiça que determina a morte espiritual do pecador (morte espiritual = falta de conhecimento de Deus e de comunhão com Ele). Morrendo no nosso lugar, Cristo satisfez então inteiramente à justiça de Deus.
É neste sentido que Ele não é somente a propiciação pelos pecados dos que se encontravam salvos nos dias de João, mas de todos aqueles que viessem a se salvar depois deles (I João 2.2a). João falou sobre o modo como os cristãos devem caminhar neste mundo, a saber, na luz. De maneira que aquele que diz que está andando na luz, deve viver e agir conforme está prescrito na Palavra de Deus. Jesus deixou mandamentos para serem guardados pelos seus discípulos. Estes mandamentos foram registrados pelos apóstolos nos Evangelhos e nas epístolas, enquanto viviam, de modo que o testemunho da verdade permanecesse entre nós, em todas as épocas da história da Igreja. Cristo requer obediência a esta Palavra que Ele ordenou que deveria ser guardada por nós.
A falta de obediência a esta Palavra impede o conhecimento e o crescimento neste conhecimento de Cristo (I Jo 2.3). João acrescenta o argumento de que aquele que diz que tem conhecido a Cristo, mas que não guarda efetivamente os Seus mandamentos é mentiroso, porque não está andando na verdade (v. 4), uma vez que a única verdade relativa à vida com Deus está somente na Palavra de Cristo, e se nós não estamos guardando esta Palavra, dá-se, por conseguinte que não estamos vivendo na verdade, em vidas santificadas, mas no erro, de um viver segundo a carne.
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