Mesmo depois de se aposentar dos púlpitos, o pastor e teólogo John Piper continua influenciando a igreja do mundo todo com seus textos. Autor de mais de 50 livros, ele tem se dedicado ao ministério de ensino e edificação da Igreja através do seu site Desiring God. Seu texto mais recente, republicado pela revista pentecostal Charisma, teve grande repercussão. Em especial por causa das discussões recentes que tem tomado a igreja americana que está lutando na justiça contra decisões do governo e campanhas contra a legalização do casamento gay.
Piper lembrou a igreja que “o maior desafio do mundo” ainda é “fazer discípulos de todos os povos do planeta – o planeta inteiro”. O teólogo lembrou que a ênfase do mandamento bíblico no grego está em panta ta ethne (todos os grupos étnicos do mundo). Pediu que não seja esquecida que Jesus comprou na cruz homens “de toda tribo, língua, povo e nação” (Ap 5:09). “O alcance do mandamento de Jesus é mais amplo e incrivelmente mais diversificado do que pensamos”, escreveu ele.
Ao fazer um levantamento dos estudos missionários recentes, usou dados do centro de estudos Joshua Project, que calcula que o total de grupos étnicos atualmente é 9.736, considerando que muitos deles estão presentes em mais de um país. São quase 10 mil “povos” distintos, sendo que 4.067 ainda não foram alcançados pelo evangelho. Ou seja, mais de 40% dos povos da terra não tem testemunho cristão, nem igreja plantada. Quase a sua totalidade não tem a bíblia disponível na língua que falam. A conclusão de Piper é um alerta para que se deixe de “pensar pequeno”: “Cristão, sua vida é muito pequena se não estiver ligada a este grande desafio. Nem todos os cristãos são missionários, mas todos devem se preocupar com a missão… Nenhum cristão deveria ficar meses sem se lembrar do maior de todos os desafios”.
Na opinião do teólogo, que conduziu um grande ministério missionário na igreja que pastoreou por 33 anos, missões mundiais é maior do que qualquer outro desafio no mundo. Sendo mais importante que erradicar todas as doenças, acabar com todas as guerras e alimentar todos os famintos do mundo. Não que ele ignore a importância dessas questões, mas por que ao não apresentar a mensagem de Jesus, a igreja estaria apresentando paliativos e se esquecendo da promessa de vida eterna. Ele finaliza com um apelo: “Ame a missão de Jesus, pois você ama a Jesus. E se você ama os perdidos pode dizer que é cristão!”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário