Gilberto Carvalho é um dos principais articuladores da reeleição de Dilma e foi divulgado pela imprensa que ele tem a difícil missão de aproximar a candidata do PT dos evangélicos. Mas pesam contra ele suas declarações durante o Fórum Social de Porto Alegre, em 2012. Na ocasião, disse aos militantes do PT queprecisavam travar uma “batalha ideológica” contra os evangélicos nas futuras eleições. Essa batalha, que iniciou em 2010, tende a se acirrar este ano. Segundo Magali do Nascimento Cunha, professora de pós-graduação da Universidade Metodista de São Paulo e especialista em comunicação e religião, a criação da Frente Parlamentar Evangélica, em 2003, estimulou “o forte tradicionalismo moral que trouxe para si a defesa da família e da moral cristã contra a plataforma dos movimentos feministas e de homossexuais, valendo-se de alianças até mesmo com parlamentares católicos”.
Um dos principais líderes da Frente é o senador Magno Malta (PR/ES). Ele publicou um vídeo de quatro minutos, onde lembra o fato de o “comitê evangélico” de Dilma ser liderado por pelo presidente do PRB, o pastor licenciado da IURD Marcos Pereira, Eurípedes Júnior do PROS (filho de pastora) e Gilberto Kassab, do PSD, que sequer é evangélico.
Malta foi incisivo, listando uma série de propostas do atual governo que enfrentaram resistência da Frente Parlamentar Evangélica, incluindo a legalização do aborto e a chamada “lei da palmada”. Também lembra aos evangélicos que Carvalho os chamou de “cabeças ocas comandados por pastores de televisão” que os militantes petistas precisariam “tomar” as classe “C” e “D” dos pastores. Por fim, o senador pediu respeito aos evangélicos, afirmando que eles não seriam enganados. Aliado de Dilma em 2010, a exemplo do pastor Marco Feliciano, Magno Malta rompeu com o governo petista após este quebrar suas promessas e de forma extra-oficial tornar legal tanto a união civil de homossexuais quanto o aborto. O senador contrariou seu próprio partido e declarou apoio à candidatura do Pastor Everaldo (PSC).
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