Vinícius Andrade, 18 anos, se tornou famoso no ano passado por ser um dos líderes dos chamados “rolezinhos”, encontros de adolescentes de periferias em shoppings center. Essa semana o jovem voltou a ser notícia por conta de sua transformação: convertido, o jovem pensa em se tornar pastor adventista e não curte mais bailes funks e nem leva uma vida de ostentação. “Sai do rolezinho porque vi muitos amigos irem para o lado errado e tinha muito assédio da mídia em cima de mim. Hoje, eu quero salvar vidas. Agora quero ser líder na religião e na política”, disse ele.
Vinícius hoje trabalha no gabinete de um deputado estadual do PR (Partido da República) e sai todos os dias do Jardim Vaz de Lima, na Zona Sul de São Paulo, para trabalhar na Assembleia Legislativa que fica ao lado do Parque Ibirapuera. A mudança de vida é vista em sua forma de vestir, as camisetas de marca, os bonés, bermudas e tênis foram trocados por roupas sociais, terno, camisa, calça e sapato. Suas roupas antigas foram doadas aos amigos e sua conta no Facebook que tinha 200 mil seguidores foi cancelada.
“Há muita inveja. Os caras olham você todo popular, cheio de minas e querem te tirar. Há muita maldade. Isso é um dos motivos porque parei com a ostentação, de querer mostrar o que eu tenho”, disse. O jovem se tornou famoso nas redes sociais por conta de seus vídeos com piadas que ele postava, logo em seguida passou a ganhar destaque por posar em fotos sexys e as fãs foram surgindo até que ele marcou um encontro com seus seguidores virtuais virando um “rolezinho”.
Outros criadores desse fenômeno que deixou donos de lojas e frequentadores de shoppings apavorados não viram a mesma oportunidade que Vinícius: Lucas Oliveira Silva de Lima 18 anos, foi morto em abril depois de ser espancado em uma briga durante um baile funk. Leonardo Henrique Soares Alvarenga, 16, foi morto em outubro com um tiro disparado por um amigo.
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